sábado, 26 de fevereiro de 2011

Complementação de aula

Olá Galerinha... Ultimamente tenho me dedicado bastante a este tema, não é mesmo? Seria por que a professora acredita em Contos de Fadas?

Como nas aulas de Redação e Língua Portuguesa estamos falando sobre contos, acredito que seja encantador falar em ‘Contos de Fadas’. Para completar essa nossa conversa, acredito que é importante salientar um pouco da história, de seu surgimento e até mesmo da estrutura de deste gênero narrativo. Então, vai aí uma dica de leitura como complemento das aulas, ok.
Sobre o Conto de Fadas:
Diferentemente do que se pensa hoje em dia, este gênero, a princípio, era direcionado aos adultos, por conta de seus temas e desfechos de morte ou lutas. Estas histórias eram transmitidas oralmente e seus primeiros registros escritos datam-se mais ou menos no séc. VII.
As primeiras referências às fadas surgiram na literatura cortesã na Idade Média e nas novelas de cavalaria (na Midiateca há vários livros interessantes com este tema!), como por exemplo, Rei Arthur. As fadas são entidades fantásticas, características do folclore europeu ocidental. Apresentam-se como mulheres de grande beleza, imortais e dotadas de poderes sobrenaturais, capazes de interferir na vida dos mortais em situações-limites (sono profundo, por exemplo). As fadas também podem ser diabólicas, sendo corriqueiramente denominadas "bruxas”, como podemos nos lembrar destas figuras em: “A Bela Adormecida”, “A Bela e a Fera”, “Branca de Neve”, “Rapunzel”, entre outros. Para esta última história – Rapunzel - está em cartaz o filme “Enrolados”, e para esta analogia, já que este filme nos remete a tal história, chamamos-o de paródia. Mas o que é paródia?
Paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, engraçada, de uma composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas), sendo portanto, uma imitação que geralmente utilizando a ironia e o deboche. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes. Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto, resgatando elementos originais das personagens, mas deixando-os mais atuais, atrativos e interessantes, o que garante um maior público para apreciar estas obras, sejam elas seriados, livros ou filmes.
Assim, é fácil perceber que este tipo de texto sempre encanta, não é mesmo?
Para falar de estrutura, esta literatura destaca o amor mágico e imortal e segue o seguinte processo na maioria das vezes:
• Podem contar ou não com a presença de fadas, mas fazem uso de magia e encantamentos;
• Seu núcleo problemático é existencial (o herói ou a heroína buscam a realização pessoal);
• Os obstáculos ou provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína, eles sempre têm uma saída para ‘vencer’.
Os contos de fadas podem também ser encarados como "uma jornada em quatro etapas, sendo cada etapa da jornada uma estação no caminho da autodescoberta"
1. TRAVESSIA: "leva o herói ou heroína a uma terra diferente, marcada por acontecimentos mágicos e criaturas estranhas".
2. ENCONTRO: "com uma presença diabólica –uma madrasta malévola, um ogro assassino, um mago ameaçador ou outra figura com características de feiticeiro".
3. CONQUISTA: "o herói ou heroína mergulha numa luta de vida ou morte com a bruxa, que leva inevitavelmente à morte desta última".
4. CELEBRAÇÃO: "um casamento de gala ou uma reunião de família, em que a vitória sobre a bruxa é enaltecida e todos vivem felizes para sempre".
Gostaram?
Então viajem um pouco mais neste assunto e assistam (Uau, de casa!) uma exposição que aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil em 2009. A curadora falará de vários escritores que, certamente, vocês conhecem.




Que tal fazermos um trabalho semelhante? O que acham?

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